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Brasil

Protozoário emergente

Um parasita está preocupando os veterinários de Brasília. É o protozoário do gênero Hepatozoon, transmitido por carrapatos como o Ambliomma maculatum, que infecta animais de qualquer raça – e mesmo os sem-raça. Uma equipe da Universidade de Brasília (UnB) coordenada por Giane Regina Paludo examinou 30 cães infectados para conhecer os sinais clínicos dessa enfermidade. Os animais apresentavam perda de peso e de apetite, mucosas pálidas e anemia, com uma baixa taxa de infecção no sangue (próxima a 1%), de acordo com esse estudo, publicado na Veterinary Parasitology.

“Na maioria dos casos houve uma infecção com sinais clínicos leves e não específicos”, comenta Giane, “mas podem ocorrer casos mais graves, com dores musculares extremas e emagrecimento progressivo, quando os animais não respondem mais a nenhum tratamento. ” Segundo ela, trata-se de uma doença emergente no país, eventualmente causada por uma nova espécie desse protozoário, ainda por ser devidamente caracterizada. A possibilidade de infecção humana é remota, porque o carrapato tem de ser engolido – o protozoário chega à circulação sangüínea por meio do aparelho digestivo -, como acontece quando um cão procura se livrar dos parasitas.

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