Pesquisa FAPESP começou a ser vendida em banca e por assinatura em 2002. Um ano depois, acolhia leitores novos, interessados pela ciência nacional, não apenas do estado de São Paulo, como seria previsível, mas também do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Os assinantes da primeira hora incluem três bibliotecas, duas de instituições de ensino médio – o Centro de Tecnologia em Automação e Informática do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Colégio Bandeirantes, da capital paulista – e uma de ensino superior, o Centro Universitário Unifafibe (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Bebedouro), ligado à Associação de Educação e Cultura do Norte Paulista, de Bebedouro (SP).
– Alguns temas de pesquisa que se destacaram desde o lançamento da revista em 1999
– Conteúdo publicado nas primeiras edições resgatam debates e apostas da ciência brasileira
– Pesquisadores explicam conceitos em destaque nas Humanidades nos últimos anos
– Professores usam reportagens em sala de aula para discutir ciência
– O avanço da ciência pelas capas dePesquisa FAPESP
“A revista melhorou muito”, comenta o auditor fiscal da Receita Federal Marco Aurelio Ferreira Silva, de Santos (SP), assinante há 23 anos, ao observar que, com os anos, as reportagens deixaram de apresentar apenas as pesquisas realizadas no estado de São Paulo e começaram a dar mais atenção à ciência e à tecnologia produzidas em outras partes do país. “Guardo todas. As da Ciência Hoje também, desde 1982.”
Com três graduações – em ciências com habilitação em biologia e química, em história e em administração de empresas – e pós-graduação lato sensu em administração pública, Silva é também um ornitólogo amador. Nas matas preservadas de seu sítio em Itariri, a 115 quilômetros de Santos, para onde às vezes leva Pesquisa FAPESP, ele diz já ter avistado com binóculo 109 espécies de aves. Lá, ele guarda também cerca de 200 livros sobre plantas e animais.
“Com o tempo, senti que a revista começou a falar para outras pessoas, não só para pesquisadores”, comenta o publicitário e produtor cultural Celso Loducca, leitor da revista há 22 anos. “Assinei logo que soube que existia, para ajudar a ciência no Brasil. Já assinava a Scientific American. Pesquisa FAPESP representa a ciência brasileira.” Ele a leva, com livros de ciência e história, para ler com calma em sua fazenda no Vale do Paraíba.
“A revista é muito confiável”, observa o historiador Fernando Ferreira, de Rio Branco, no Acre, e termina neste ano o mestrado no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. Ele conheceu a versão on-line da revista, gostou e a assinou em maio de 2023. “Gosto da revista impressa, que levo para os alunos lerem.” Ele é também professor do ensino médio em uma escola estadual de Rio Branco.
Atualmente, Pesquisa FAPESP tem leitores em todas as unidades da federação e no Distrito Federal, principalmente no estado de São Paulo, que concentra 63% dos 5.028 leitores pagos (ver infográfico). A maior parte dos atuais 28 mil exemplares de tiragem é destinada aos pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação vinculados a projetos financiados pela FAPESP, a assessores científicos de outros estados, a bibliotecas de escolas públicas do estado de São Paulo, a autoridades de órgãos públicos ligados à ciência e tecnologia e a jornalistas especializados em ciência e tecnologia.
A reportagem acima foi publicada com o título “A conquista dos leitores” na edição impressa nº 344, de mês de 2024.
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