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Biologia

Quando as baratas aprendem

Há quem aprenda melhor nas primeiras horas da manhã e também pessoas que memorizam melhor e trabalham com mais eficiência à tarde. Estudos já mostraram que entre os mamíferos – seres humanos inclusive – a capacidade de aprender varia ao longo do dia, assim como os batimentos cardíacos e a liberação de hormônios, seguindo os ritmos circadianos, que oscilam em períodos de um dia. Agora um estudo feito na Universidade Vanderbilt, Estados Unidos, mostrou que também entre os insetos a capacidade de aprendizado varia no decorrer do dia. Em diferentes períodos do dia, o biólogo Terry Page e sua equipe ensinaram baratas a associar o aroma de hortelã, repulsivo para esses insetos repulsivos, à água com açúcar. Assim, as baratas passaram a escolher o aroma de hortelã, em vez do de baunilha. As baratas treinadas à tarde e à noite eram capazes de se lembrar dessa associação após dias, enquanto as que aprenderam pela manhã não guardaram a informação. A pesquisa deve permitir conhecer melhor a interação entre os ritmos circadianos, memória e aprendizado (PNAS).

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