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Tecnociência

São Paulo terá ônibus com célula a combustível

As ruas da cidade de São Paulo vão ganhar, até o final do próximo ano, oito novos ônibus urbanos. A novidade é que eles terão índice zero de emissão de poluentes. Serão movidos a motor elétrico alimentado por células a combustível, equipamento que produz energia elétrica com hidrogênio. O projeto faz parte do Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), num total de investimentos de US$ 20 milhões. Desse montante, US$ 6 milhões deverão vir da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“Nosso objetivo é trazer a tecnologia de célula a combustível para o Brasil ao mesmo tempo em que ela é desenvolvida em vários países”, afirma Márcio Schettino, superintendente de desenvolvimento da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (Emtu-sp), que vai implementar o projeto no país com o Ministério de Minas e Energia.  “Vamos testar os ônibus e fazer adaptações de acordo com as condições brasileiras de uso.”  Por enquanto, apenas três grupos de pesquisa montaram ônibus completos e são eles que devem participar da licitação internacional prevista no projeto.

A primeira é a Daimler-Chrysler, que possui alguns ônibus em testes na Europa. Os outros são a empresa canadense Ballard, fabricante de células para a própria Daimler, Ford, Nissan, Honda e Volkswagen, e a Universidade de Georgetown, de Washington, nos Estados Unidos, que montou um ônibus com tecnologia da XCellsis, empresa alemã formada pela Daimler, Ballard e Ford. No projeto para o Brasil está prevista uma estação de produção e abastecimento de hidrogênio por eletrólise da água. As células a combustível são consideradas a solução futura para os motores a combustão e uma alternativa para a geração de energia elétrica. Para essa última função, duas empresas e diversos grupos de pesquisa, no Brasil, estão com protótipos em testes (veja Pesquisa FAPESP nº 65).

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