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Pequenas Empresas

Segunda fase do PIPE aprova 15 projetos

Os primeiros quinze projetos a passar para a segunda fase doPrograma Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE) foram aprovados em novembro. Esses quinze projetos integravam um total de 70 inscritos na primeira rodada do programa, dos quais 31 foram selecionados para a primeira fase, de pesquisa de viabilidade. A aprovação nessa fase era um requisito básico para a passagem para a etapa seguinte. Os quinze projetos – outros quatro ainda estão em avaliação – receberão um investimento de R$ 2,492 milhões. A partir de agora, as equipes terão 24 meses para o desenvolvimento de pesquisas para criação dos protótipos de produtos ou processos e, se forem bem-sucedidas, passarão para a última etapa. Desde a primeira edição, em julho de 1997, o Programa já recebeu 177 inscrições em três rodadas e aprovou 61 propostas.

O grande número de projetos inscritos desde o lançamento do Programa e o alto nível daqueles que têm obtido financiamento mostrou que havia uma demanda reprimida e uma competência instalada mal dimensionadas. O volume de aprovados para a segunda fase superou a previsão de financiamento (estabelecida previamente em torno de 30%), o que comprova a boa performance das equipes. Na avaliação da FAPESP, os quinze aprovados apresentaram propostas de criar processos ou inovações tecnológicas relevantes e viáveis do ponto de vista técnico e comercial.

Além destes quesitos, foram verificadas a capacidade das empresas de desenvolver ou negociar a inovação tecnológica decorrente do projeto, a atuação da equipe na primeira fase e a competência e a adequação dos membros da equipe, incluindo bolsistas e consultores em casos específicos. Em seus relatórios parciais, os participantes descreveram processos, acompanhados da avaliação dos produtos, apresentaram imagens de protótipos ou resultados de testes realizados, estudos documentados de viabilidade e relacionaram as dificuldades previstas para a segunda fase e como deverão ser superadas.

Uma das características que destaca o PIPE como linha de pesquisa diferenciada é o fato de não ser exigida titulação acadêmica para credenciamento de participantes e coordenadores. Desde a apresentação do plano de trabalho, a comprovação da capacidade da equipe para executar a tarefa a que se propõe é a principal exigência da Fundação.

Entre as empresas beneficiadas para a segunda fase do PIPE, cinco estão sediadas na Capital, duas em Campinas e duas em São Carlos. As outras estão localizadas em Cajobi, Ribeirão Preto, Jundiaí, Paulínia, Barueri e Suzano. Os projetos são das áreas de Medicina, Bioquímica, Fitopatologia, Química e nas diversas Engenharias, com destaque para as especialidades Química, Elétrica e Materiais e Metalurgia – cada uma com dois projetos. Três propostas são de empresas que desenvolvem pesquisas nas áreas das Engenharias Biomédica, Mecânica e Sanitária.

Os projetos da área de Engenharia têm propostas de desenvolvimento de equipamento para fototerapia neonatal com fibra ótica, chapas para absorção de ruídos e vibrações, tecnologia para avaliação de riscos ambientais de locais com solos e águas contaminadas e aperfeiçoamento de filtro para a indústria do açúcar e do álcool. Em outras áreas, há projetos para produção do hormônio de crescimento humano pela tecnologia do DNA recombinante, desenvolvimento de equipamento para previsão de doenças provocadas por fungos em vegetais, tecnologias de sistemas microambientais para biotérios de criação, manutenção e experimentação de pequenos animais e um sistema para ensino e avaliação de crianças com deficiências mentais.

O PIPE
Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas foi lançado pela FAPESP em 18 de junho de 1997 com o objetivo de estimular o desenvolvimento tecnológico através do financiamento de projetos que visem a obter novos produtos ou processos industriais de relevância socioeconômica. Para participar, a empresa deve ter sede no Estado de São Paulo e o projeto deve ser coordenado por um pesquisador a ela vinculado.

O PIPE é dividido em três fases. A primeira, com duração de até seis meses, é destinada à verificação da viabilidade da proposta de inovação e pode receber financiamento de até R$ 50 mil. Para a segunda fase, até R$ 200 mil poderão ser destinados para o desenvolvimento da pesquisa e, na terceira etapa, serão criados os novos produtos estudados nas duas fases anteriores.

Para esta etapa, a FAPESP não oferece financiamento, mas colabora com a empresa na busca de recursos quando o potencial de retorno econômico ou social for comprovado. O PIPE tem como parâmetro internacional o Small Business Innovation Research (SBIR), mantido por agências governamentais de fomento à pesquisa nos Estados Unidos, com orçamento superior a 100 milhões de dólares ao ano.

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