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Tecnociência

Sensor alimentado por fluido corporal

Que tal ser o feliz portador de uma série de sensores médicos em miniatura implantados sob a pele e capazes de avisar, por meio de discretos alarmes, qualquer alteração que comprometa seu estado físico? O pesquisador Nicolas Mano e dois de seus colegas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, juntaram-se a Fei Mao, da companhia californiana TheraSense, para tentar encontrar uma fonte de energia para esses sensores (The Economist , 13 de fevereiro). O problema é que qualquer aparelho alimentado por bateria seria volumoso demais. A idéia inicial foi usar células a combustível, espécie de bateria que transforma hidrogênio em energia.

O problema é que esses aparelhos necessitam de componentes químicos fornecidos por um tanque externo. Foi quando surgiu outra idéia: e se os componentes químicos viessem do meio em que as células operam? O corpo humano poderia ser o local ideal para receber um novo tipo de equipamento que usa os fluidos corporais para gerar energia. A glicose e o oxigênio seriam os geradores de energia. Estava criada a chave para o desenvolvimento da “célula biocombustível”, uma estrutura que consiste de duas fibras de carbono, com 7 mícrons (a milionésima parte do metro) de diâmetro cada. É verdade que, por enquanto, ainda não passa de um experimento, mas a TheraSense nutre sérias esperanças de, um dia, vê-las implantadas sob a pele dos diabéticos, por exemplo, alertando-os sobre eventual ultrapassagem dos níveis de glicose.

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