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Microtus ochrogaster

Separação e dor

ilu5.tiflaurabeatrizHá quem adoeça quando se separa da pessoa amada. Quem ajuda a entender por que o fim de um relacionamento pode ser tão doloroso são os roedores monógamos da espécie Microtus ochrogaster, que dão pistas sobre os mecanismos fisiológicos associados à depressão da separação. Em artigo publicado em outubro na Neuropsychopharmacology, pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos mostraram o que acontece ao separar casais de roedores que viviam juntos havia cinco dias. Quatro dias após a separação, os machos se limitaram a boiar quando postos para nadar num recipiente com água e ficaram passivos ao serem pendurados pela cauda – sinais típicos de depressão, não observados se quem partia era o irmão em vez da companheira. Os cientistas minimizaram a reação depressiva ao tratar os machos abandonados com um composto que inibe no cérebro os receptores do fator liberador de corticotropina – um fármaco promissor como antidepressivo para seres humanos. Os resultados revelam os efeitos fisiológicos ligados ao sentimento de perda que se segue ao fim de um relacionamento – e talvez ajudem a lidar com a situação.

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