Centenas de espécies de répteis, anfíbios, aves e mamíferos correm o risco de desaparecer nas próximas duas décadas em consequência da degradação do ambiente provocada pela ação humana. Com base na análise de dados de 29.400 espécies de animais compilados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (Iunc), o pesquisador Gerardo Ceballos, da Universidade Autônoma do México, e dois colaboradores dos Estados Unidos verificaram que 515 delas (1,7% do total) estão criticamente ameaçadas: há, de cada espécie, menos de mil indivíduos livres na natureza. A América do Sul concentra 157 espécies em risco de extinção, quase um terço do total, seguida da Oceania (108) e da Ásia (106). Estima-se que o desaparecimento desses vertebrados corresponderia ao total de espécies naturalmente extintas nos últimos 16 mil anos no mundo (PNAS, 16 de junho). Segundo os autores, o rápido desaparecimento desses animais pode ter consequências imprevisíveis. Cada espécie extinta pode desencadear um efeito dominó, com consequências para outras espécies.
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