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Tecnociência

Sobre homens e ratos

A proximidade entre roedores e homens é maior do que se pensava, segundo indica a análise do cromossomo 16 do rato. “Uma diferença de 2,5% é, provavelmente, uma estimativa razoável”, afirma Richard Mural, da empresa Celera, que está trabalhando na comparação do cromossomo do camundongo com o DNA humano. Dos 731genes achados, apenas 14 não foram encontrados também em humanos. O trabalho foi publicado na revista Science (vol. 296, pág. 1661) e a empresa disponibilizou a seqüência completa na Internet. Mas o resto do genoma do rato só estará disponível para quem pagar.

A Celera ficou famosa ao competir com o consórcio público internacional de laboratórios – Estados Unidos e a Inglaterra na liderança – pelo seqüenciamento do genoma humano. Um dos fundadores da companhia foi o polêmico geneticista Craig Venter. Em meados de junho deste ano, meses depois de Venter ter se desligado da empresa, seus dirigentes anunciaram que ela pararia com o trabalho de seqüenciamento de genes humanos. O geneticista pretendia concluir o genoma humano antes do consórcio público para vender os resultados para laboratórios interessados. Mas o consórcio apressou-se e conseguiu publicar o trabalho ao mesmo tempo que a Celera. Sem os lucros esperados, a empresa decidiu, então, investir em medicamentos e trabalhar apenas com os genes já seqüenciados de seres humanos e ratos.

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