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Biocombustível

Superenzimas para o etanol de segunda geração

Desconstruir a biomassa de caules e outras partes de plantas para extrair açúcares fermentáveis e produzir biocombustíveis. Essa é a busca incessante em todo o mundo para se atingir a chamada segunda geração de etanol. Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que enzimas de algumas bactérias termófilas, que vivem em ambientes com temperatura elevada, poderiam digerir a biomassa das plantas. Liderado por pesquisadores do Instituto de Bioenergia do Departamento de Energia e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, o estudo mostrou que bactérias do gênero Paenibacillus e do filo Gemmatimonadetes produzem enzimas importantes para a desconstrução do switchgrass, uma gramínea de porte alto comum na América do Norte e candidata a produzir etanol (PLoS One, 19 de julho de 2013). Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de analisar genes e proteínas de comunidades compostas por diferentes espécies de bactérias. Uma das vantagens das proteínas naturalmente sintetizadas por bactérias termófilas é que elas, em princípio, poderiam trabalhar a temperaturas de até 80°C, como as encontradas nas condições de produção de biorrefinarias. No consórcio de bactérias estudado por eles, que reuniu também linhagens dos gêneros Thermus e Rhodothermus, entre outros, foram encontrados mais de 3 mil fragmentos de proteínas. Muitas podem desempenhar um papel importante na quebra da lignocelulose encontrada na biomassa das plantas candidatas à produção de biocombustíveis.

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