O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) divulgou relatório informando que 32 profissionais, entre enfermeiros, técnicos e assistentes de enfermagem, morreram no Brasil com suspeita de infecções causadas pela Covid-19, entre 20 de março e 16 de abril. As mortes confirmadas da doença totalizaram 23, sendo que o estado com mais óbitos é São Paulo, com 8 mortes; 62% dos profissionais mortos eram mulheres e 31% do total tinha entre 41 e 50 anos de idade. O documento também indica que há mais de 4 mil enfermeiros afastados do trabalho em todo o país com suspeita de Covid-19, e, destes, 83% são mulheres e 695 tiveram diagnóstico confirmado. A região Sudeste concentra 65% dos profissionais afastados, seguida pelo Nordeste, com 14%. Em abril, o conselho registrou uma escalada brusca no número de casos suspeitos. Em 5 de abril eram 230 pessoas. Dez dias depois, mais de 4 mil.
No mesmo período, o Cofen registrou 4,8 mil denúncias de falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), o que pode estar relacionado ao aumento intenso no número de profissionais contaminados ou com suspeita de contaminação. Também recebeu denúncias de reutilização de máscaras N95 e de que alguns hospitais têm solicitado aos profissionais de enfermagem que se encarreguem da aquisição de material de proteção. No total, são 2,2 milhões de profissionais de enfermagem registrados em conselhos, em todo o Brasil. Com a identificação dos primeiros casos no país em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que um técnico de enfermagem deve ser designado para cuidar de dois leitos de UTI, enquanto um enfermeiro deve ser responsável por 10. A proporção de profissionais de enfermagem por leitos na UTI costuma variar conforme cada hospital e especialidade médica atendida na unidade.
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