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Ecologia

Temíveis invasores

CÉLIO HADDAD/UNESP Invasão anfíbia: modelo prevê áreas propícias para rã-touroCÉLIO HADDAD/UNESP

E se os charcos da Mata Atlântica fossem tomados pelas rãs-touro (Lithobates catesbeianus) – aquelas trazidas da América do Norte como delícia culinária – bom para quem é da gastronomia, mas um desastre para a região que concentra a maior diversidade mundial de sapos, rãs e pererecas. João Giovanelli e colaboradores, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, elaboraram um modelo ecológico que previu em que locais da Mata Atlântica a espécie tem maiores chances de se estabelecer. E, quando se trata da rã-touro, dar cabo da saparia nativa comendo girinos e competindo por alimento. O maior potencial de invasão é na região Sul/Sudeste, onde a rã já existe, resquício de criações comerciais. Mas o modelo indica que a rã-touro pode vicejar em parte da Região Nordeste. Segundo Giovanelli, existem ali condições ecológicas parecidas com as da área nativa das rãs. Ele deixa um aviso aos criadores: é melhor não levá-las para o litoral nordestino.

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