Um novo teste para detectar a anemia infecciosa eqüina, doença grave e incurável que atinge cavalos, jumentos, mulas e burros, é a nona patente internacional concedida à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O exame, desenvolvido pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e pela Escola de Veterinária da instituição, consiste na aplicação da proteína GP-90 no soro do animal. Ela é capaz de detectar em poucas horas a existência de anticorpos que comprovam se o animal tem a doença. O novo exame foi desenvolvido pela técnica do DNA recombinante. Por meio dela, uma bactéria passa a produzir um antígeno em grande quantidade, nesse caso, a proteína da camada externa do vírus que causa a anemia. Uma amostra do soro do animal é colocada em contato com a proteína, para verificar a existência de anticorpos contra o antígeno e comprovar se o animal é portador da doença. O teste Elisa, que funciona pela detecção de antígenos, é bastante utilizado para outros diagnósticos, mas é a primeira vez que é usado para detectar a anemia eqüina. O professor Paulo César Peregrino, coordenador da pesquisa no ICB, conta que a próxima etapa será a autorização do Ministério da Agricultura, mas acrescenta que duas empresas mineiras, Viriontech e Quibasa, já se mostraram interessadas em comercializar o produto. As principais vantagens do novo teste são a rapidez e a segurança, fundamentais para os criadores que precisam transportar eqüinos, já que o teste negativo é obrigatório para o trânsito de animais.
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