Uma empresa norte-americana do estado do Missouri está próxima de começar a fabricar em escala comercial tijolos feitos da cinza expelida por centrais elétricas movidas a carvão.
A tecnologia não é exatamente uma novidade, mas havia dúvidas sobre o risco de o material liberar no ar pequenas partículas de mercúrio. Testes realizados numa câmara fechada mostraram que, ao contrário do que se suspeitava, os tijolos absorvem o mercúrio presente na atmosfera. Os pesquisadores ainda estão tentando entender como isso ocorre. O fato é que a descoberta abre espaço para a viabilidade comercial do novo produto. Anualmente, cerca de 25 milhões de toneladas de cinza de carvão são liberadas por centrais elétricas. Elas são recicladas e usadas, principalmente, como aditivo a materiais de construção, como concreto, mas outros 45 milhões de toneladas vão para o lixo.
O novo tijolo vai reutilizar um resíduo ambiental e, indiretamente, reduzir o impacto no ambiente causado pela fabricação de tijolos convencionais, que precisam, na produção, de altas temperaturas. A empresa é Freight Pipeline Company, criada pelo engenheiro Henry Liu, ex-professor da Universidade do Missouri-Colúmbia, e financiada pela Fundação Nacional de Ciência, NSF na sigla em inglês, dentro do programa Small Business Innovation Research (Sbir) de apoio a pequenas empresas.
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