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Torpedos contra o HIV

Torpedos contra o HIV

laurabeatrizCentro de polêmica recente sobre possíveis danos à saúde, os telefones celulares podem, como instrumento de comunicação, auxiliar no tratamento de doentes. Um estudo feito no Quênia mostrou que o envio de mensagens por celular funciona como estímulo para aderir ao tratamento e ajuda na orientação da terapia adequada. O uso dos torpedos ampliou em 12% a taxa de adesão ao tratamento contra o vírus HIV, causador da Aids, e em 9% o total de casos de supressão da carga viral, em comparação com o grupo que não recebeu as mensagens. Desse estudo participaram 538 pessoas que recebiam medicamentos contra HIV: 265 passaram pelo tratamento padrão, sem mensagens por celular, e 273 receberam mensagens semanais das equipes médicas que as tratavam. Os médicos disparavam mensagens para muitos destinatários ao mesmo tempo perguntando como se sentiam e chamavam para consulta quem tinha problema ou não tinha respondido em dois dias. Os autores do estudo, coordenado por Richard Lester, da Universidade da Colúmbia Britânica, Canadá, e publicado na revista Lancet, ressaltam o custo baixo da intervenção: cada mensagem custava cerca de R$ 0,10 e as respostas de voz, R$ 7,00 por mês por atendente.

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