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SciELO

Trabalho adolescente

Emprego

Analisar as conseqüências do trabalho para as condições de vida, saúde e desenvolvimento psicossocial de adolescentes, alunos do ensino médio de uma escola pública estadual do município de São Paulo foi o objetivo do estudo Efeitos do trabalho sobre a saúde de adolescentes, desenvolvido em conjunto por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). “A presença de adolescentes na força de trabalho tem sido encorajada pela sociedade, inclusive sendo prática incentivada pela política governamental expressa no Programa Primeiro Emprego. O ingresso precoce de jovens no trabalho é legalizado pela legislação brasileira”, lembra o estudo. Participaram da pesquisa 354 estudantes de 14 a 18 anos, do período noturno. A pesquisa verificou que no trabalho dos adolescentes freqüentemente prevalece o aspecto produtivo sobre o educativo. “Em metrópoles como São Paulo, muitos adolescentes que freqüentam o ensino público precisam trabalhar para ajudar a compor o orçamento familiar, colocando a atividade escolar em segundo plano.” O estudo sugere a necessidade de intervenção na estrutura social, principalmente na organização escolar. Alterações nos horários escolares, como, por exemplo, aulas aos sábados para os estudantes trabalhadores e início mais tardio das aulas no período noturno, são importantes para o melhor aproveitamento escolar.

Ciência e Saúde Coletiva – vol. 8 – nº 4 – Rio de Janeiro – 2003
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232003000400019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

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