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Tecnociência

Transformações na emissão de luz

Uma nova maneira de gerar luz fosforescente promete revolucionar os meios de iluminação artificial conhecidos. Pesquisadores dos laboratórios da Sandia – corporação do grupo Lockhead Martin -, nos Estados Unidos, usaram pontos quânticos – nanopartículas semicondutoras que medem cerca de um bilionésimo de metro – para criar o primeiro dispositivo emissor de luz branca em estado sólido.

“O intuito de nosso trabalho”, diz a coordenadora do projeto, Lauren Rohwer, em comunicado da assessoria de imprensa da Sandia, “é conhecer a física da luminescência em escala nanométrica e estender esse conhecimento ao desenvolvimento de fontes de luz mais econômicas e eficientes.” De fato, até o momento, o que impede a produção em escala de sistemas de iluminação à base de materiais semicondutores são os altos custos.

Os chamados LEDs (diodos emissores de luz), por exemplo, conseguem emitir luz azul, verde e vermelha, mas necessitam de chips muito caros para combinar as cores e obter luz branca. O novo dispositivo funciona de maneira diferente. Os pontos quânticos conseguem absorver eficientemente a luz na faixa de comprimento de onda próxima do ultravioleta. Encapsulados em silício ou epóxi, são estimulados por LEDs emissores de radiação ultravioleta a irradiar luz visível.

Como a cor emitida depende do tamanho da superfície que cada emissor possui, basta alterar esse tamanho para obter a cor desejada. Além disso, como os pontos quânticos são tão minúsculos que 70% de seus átomos se concentram na superfície, fica fácil sintonizar suas propriedades de emissão de luz, de modo que cores diferentes possam ser emitidas por um único ponto de qualquer tamanho.

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