Os casos de tuberculose na população carcerária da América Latina aumentaram 269% entre 2011 e 2017, segundo estudo feito por um grupo internacional de pesquisadores, entre eles brasileiros da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). No trabalho, foram analisados os casos novos e as reinfecções ocorridas em penitenciárias de 19 países da região. O total de casos saltou de 538, em 2011, para 2.489, em 2017, nas prisões da América Central. Nas penitenciárias da América do Sul, pulou de 7.798 para 17.285 no período (The Lancet, 8 abril). No Brasil, o aumento foi de 45%. Embora o número relativo seja inferior ao de outros países, sua contribuição para o total de casos foi uma das maiores, já que abriga o maior número de encarcerados da América Latina. Os casos na região crescem desde 2000. A possível razão? Superlotação das celas, que costumam ser úmidas, escuras e pouco ventiladas, favorecendo a transmissão da doença.
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