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Brasil

Um anel onde os átomos colidem

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), criaram o Atomotron, uma armadilha de átomos resfriados formada por um anel gasoso com milhões de partículas frias de rubídio que se movem muito lentamente, em fila. De maneira controlada, cada átomo se choca contra a partícula seguinte. No interior do anel, produzido pela ação de um campo magnético e de laseres que incidem sobre a nuvem de rubídio, todos os esbarrões entre os átomos apresentam o mesmo eixo de colisão.

Os choques sempre ocorrem na direção tangente ao anel. Em outros tipos de armadilha, os encontrões entre os átomos acontecem de todas as maneiras possíveis, explica o físico Vanderlei Salvador Bagnato, pesquisador da USP de São Carlos e coordenador dos experimentos com o anel de rubídio. "Em aprisionamento de átomos convencionais, não é possível estudar efeitos associados aos ângulos de colisão, diz Luis Marcassa, do IFSC. O anel de átomos frios, cuja temperatura se aproxima do zero absoluto, apresenta raio de cerca de 0,5 milímetro. Segundo Bagnato, o Atomotron é o menor colisor de partículas do mundo e o que funciona com menos energia.

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