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Aids

Um bom legado de Bush

Nunca antes na história dos Estados Unidos um presidente obteve resultados tão animadores no combate à epidemia de Aids na África. Não se trata de Barack Obama, que, afinal, ainda não teve tempo de mostrar serviço nesse campo, mas de seu antecessor George W. Bush. De acordo com um estudo publicado pelos médicos Jay Bhattacharya e Eran Bendavid, da Universidade Stanford, o Plano de Emergência de Combate à Aids do Presidente dos Estados Unidos (Pepfar, na sigla em inglês), reduziu em 10% as mortes causadas pela doença em 12 países africanos, ao custo de US$ 2,7 mil por vida poupada. O Pepfar investiu US$ 15 bilhões desde 2004 e em 2008 foi autorizado a gastar mais US$ 48 milhões nos próximos cinco anos. O programa produziu controvérsias. Houve quem criticasse a pouca ênfase em programas de prevenção – cerca de 60% dos recursos foram gastos com a distribuição de drogas retrovirais. Mas o que causou mais polêmica foi a destinação dos parcos recursos para prevenção. O dinheiro foi canalizado para ineficientes programas que pregavam a abstinência sexual, em vez de promover hábitos como o uso de preservativos. A renovação do programa, definida em 2008, baniu esse viés.

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