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Mundo

Um caixa dois para a ciência

No México, quando um partido político comete abusos em campanhas eleitorais, quem sai lucrando é o orçamento de ciência e tecnologia. Multas impostas pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE) a partidos políticos entre 2000 e 2003 renderam no ano passado US$ 44,5 milhões extras (cerca de R$ 94 milhões) para a pesquisa. Boa parte delas punia gastos de campanha superiores ao que a lei permite. O mais multado foi o Partido Revolucionário Institucional, que governou o México por 70 anos até ceder o poder em 2000. Gastou US$ 100 milhões a mais do que o permitido na campanha presidencial de 2000, perdida para o atual presidente, Vicente Fox. Fernando Agíss Bitar, um dos diretores do IFE, disse ao jornal Vanguardia que a regra vai repetir-se nas eleições presidenciais deste ano. “Esses recursos irão para a ciência e a tecnologia por decisão da Câmara dos Deputados, que define o destino das multas”, afirmou.

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