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Biodiversidade

Um mundo de árvores

Amazônia: América pode não ser a recordista em diversidade de árvores

léo ramosAmazônia: América pode não ser a recordista em diversidade de árvoresléo ramos

Em meio à imensidão das florestas tropicais, ainda não se tem ideia de quantas espécies de árvores existem. Um amplo estudo compilou dados de levantamentos florestais em mais de 200 localidades na região entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, onde foram contabilizadas mais de 11 mil espécies (PNAS, 16 de junho). Análises estatísticas, porém, indicam que a região deve abrigar no mínimo entre 40 mil e 53 mil espécies de árvores, um valor mais alto do que estimativas anteriores apontaram. Um aspecto surpreendente foi a avaliação de que a região indo-pacífica é tão rica quanto a parte tropical das Américas, que era considerada a recordista de diversidade de árvores. Levando em conta a margem de erro da estimativa, ambas devem ter entre 19 mil e 25 mil espécies, no mínimo. A África continental é bem mais pobre: o mínimo está entre 4.500 e 6 mil espécies. A avaliação condiz com a hipótese de que no Pleistoceno as florestas africanas tiveram uma redução drástica, sobrando um acervo pequeno para a diversificação que veio depois, com a expansão florestal. O estudo envolveu dezenas de pesquisadores, entre eles 29 brasileiros de 17 instituições. Um alerta: a maior parte dessas espécies é rara, o que indica um risco elevado de extinção por desmatamento.

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