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Carta da editora | 73

Um passo próprio da maturidade

Esta edição de Pesquisa FAPESP marca o começo de uma nova etapa na vida desta revista de divulgação científica. De uma publicação de circulação dirigida aos pesquisadores do Estado de São Paulo – encontrem-se eles nas universidades, instituições de pesquisa ou empresas -, aos editores de ciência e tecnologia da mídia nacional e aos formuladores e gestores das políticas de ciência e tecnologia de todo o país, passamos agora à condição de uma revista de circulação ampla e aberta a todo leitor que se interesse por ciência e tecnologia, e especialmente pelo que se passa em seus domínios no Brasil. Uma revista acessível a todos que queiram acompanhar de forma sistemática os resultados, muitas vezes fascinantes, dos mais importantes projetos de pesquisa em curso em São Paulo e no país, em qualquer área do conhecimento, incluindo as ciências humanas; que desejem compreender seus impactos científicos, sociais e econômicos; que queiram conhecer os programas e as políticas estaduais e nacionais voltados para o desenvolvimento científico e tecnológico no país, e perceber tudo isso dentro de marcos referenciais internacionais, que aparecem nas notícias do exterior que também publicamos. Em síntese, Pesquisa FAPESP abre-se a todo leitor que queira saber a quantas anda realmente, neste país, o par Ciência e Tecnologia, componente estrutural das sociedades contemporâneas. Porque é isso que esta revista conta, a cada mês.

Para viabilizar a abertura da circulação, aliás, reclamada por candidatos a leitores de todo o país, passamos da distribuição exclusivamente gratuita para um modelo misto, que inclui a venda de exemplares e de assinaturas da revista – que de resto é praxe em revistas de divulgação científica editadas por instituições. Os pesquisadores de São Paulo continuarão a receber gratuitamente, como sempre, seus exemplares de Pesquisa FAPESP, porque a Fundação entende que oferecer, sem ônus para esses profissionais, informações relevantes sobre a produção de ciência e tecnologia faz parte de sua missão institucional de amparo à pesquisa neste Estado. Da mesma forma, os editores de CeT e os formuladores e gestores das políticas de ciência e tecnologia permanecerão na mala direta gratuita da revista. Porque a FAPESP entende, em relação aos primeiros, que por meio deles é que pode prestar contas, em larga escala, à opinião pública nacional, sobre o uso que faz da parcela de recursos dos contribuintes do Estado de São Paulo, que por preceito constitucional lhe cabe – em que projetos a aplica e com que resultados. E, em relação aos demais, entende que faz parte da função política da Fundação lhes oferecer sistematicamente informações que contribuam para o traçado de estratégias conjuntas de desenvolvimento científico e tecnológico nacional e para uma visão mais aberta, arrojada e integrada sobre as possibilidades do país nesse campo.

Complementa o modelo de sustentação econômica de Pesquisa FAPESP nesta nova etapa a veiculação de anúncios publicitários, prática também usual nas revistas de divulgação científica editadas por instituições em todo o mundo. Para concluir: esta revista, que tem em sua origem um modesto boletim de quatro páginas, o Notícias FAPESP, cujo primeiro número foi publicado em agosto de 1995, e que quatro anos mais tarde, em outubro de 1999, transformou-se na Pesquisa FAPESP, alcançou o estágio de um projeto sólido, maduro, pronto para ser lançado a novos desafios. E maturidade com vigor criativo é traço de caráter especialmente caro à FAPESP neste ano em que ela completará 40 anos de atividades, sempre “realizando o futuro”, como resume o slogan que quer marcar a data. No mais, boa leitura.

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