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Tecnociência

Um pó para revelar suspeitos de crimes

Durante uma conferência sobre o uso da nanotecnologia na prevenção e no combate ao crime, em Londres, Fred Rowell, da Universidade de Sunderland, na Inglaterra, espera ter atraído a atenção das autoridades para sua invenção: um pó de nanopartículas que aperfeiçoa a coleta de impressões digitais (NewScientist.com , 3 de novembro). Hoje esse trabalho é feito com a ajuda de um pó fluorescente que adere às manchas oleosas encontradas nos objetos tocados pelo suposto criminoso.

Os sulcos e estrias formados revelam as impressões digitais, mas nem sempre com a clareza necessária para identificar o portador. Já o método desenvolvido pela equipe de Rowell – embora ainda em fase de experimentação – parece mais eficaz. Enquanto o pó tradicional não faz mais que reproduzir o desenho, nítido ou não, das linhas digitais nas manchas de óleo, o de nanopartículas persegue o caminho traçado por elas.

Borrifadas com uma tinta fluorescente e revestidas com uma camada de moléculas hidrófobas (com aversão à água), as nanopartículas – minúsculas esferas de vidro com diâmetro de 200 a 600 nanômetros – são repelidas pela água e atraídas pelo óleo. Desse modo, seriam capazes de agarrar-se aos menores resíduos de óleo, refazendo, de ponta a ponta, as linhas e ramificações das impressões deixadas mesmo pelos mais leves dedos.

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