Extratos naturais extraídos da páprica e da canela e combinados por meio de uma técnica própria formaram micropartículas lipídicas de cor alaranjada e duas propriedades relevantes. A primeira é a capacidade de manter por até 49 dias, a temperatura ambiente, a 25 graus Celsius (°C), ou sob refrigeração, a 5 °C, os pigmentos chamados carotenoides, bastante usados como corantes naturais em alimentos, mas que se degradam facilmente sob o efeito da luz, do oxigênio e da temperatura. “A quantidade de carotenoides no dia 1 foi a mesma encontrada no dia 49, independentemente de o pó estar em temperatura ambiente ou sob refrigeração”, afirmou à Agência FAPESP a engenheira de alimentos Fernanda Ramalho Procópio, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma das autoras do processo, desenvolvido em conjunto com o Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC ), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela FAPESP. A segunda propriedade é a ação antimicrobiana e antifúngica. Algumas aplicações estão sendo estudadas, como em filmes de proteínas de soja, usados para proteger alimentos (Food and Bioprocess Technology, outubro de 2022 e maio de 2023).
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