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Tecnociência

Uma liga que absorve calor

Um grupo de físicos da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se valeu de uma de liga de manganês e de arsênio, sob influência de um campo magnético, para retirar quantidades elevadas de calor do ambiente. Esse fenômeno, chamado efeito magnetocalórico colossal, descoberto por essa mesma equipe, só tinha sido observado sob pressão bastante alta, de 2.300 atmosferas. A adição de ferro à liga original permitiu agora reproduzir esse efeito à pressão ambiente, de acordo com o estudo publicado em outubro na revista Nature Materials. Esse resultado pode ajudar no desenvolvimento de uma nova geração de sistemas de refrigeração, que utilizaria ímãs no lugar de gases. Mas ainda há alguns impedimentos. O principal deles é uma diferença entre as temperaturas de início e fim do processo, que reduz a sua eficiência. Antes de pensar em construir um refrigerador magnético, é preciso eliminar essa diferença, conhecida como histerese térmica. “Tivemos bons resultados substituindo parte do arsênio por antimônio, mas nada de conclusivo ainda”, comenta Sérgio Gama, pesquisador do Instituto de Física da Unicamp, que coordenou esse estudo.

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