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reação

Unidos contra a tesoura

Super-KamiokandeO observatório de neutrinos Super-Kamiokande: corte de verbasSuper-Kamiokande

A elite científica japonesa mobilizou-se fortemente contra o corte de investimentos planejado pelo governo. O estopim foi a recomendação de reduzir as verbas de 220 programas de pesquisa feita por grupos de trabalho convocados pelo governo. Os cortes devem atingir, entre outros, um projeto para construir o mais rápido supercomputador do mundo, o orçamento do laboratório de radiação síncrotron Spring-8 e do observatório de neutrinos Super-Kamiokande, além de dotações para bolsas. Os presidentes das nove principais universidades do Japão emitiram uma declaração dizendo que as políticas do governo “estão se movendo na direção oposta à do resto do mundo”, segundo a revista Nature. Líderes dos 17 centros de excelência na Universidade de Tóquio também apelaram por seus orçamentos. Em 26 de novembro, uma delegação liderada por quatro laureados com o Prêmio Nobel, o químico Ryoji Noyori, o imunologista Susumu Tonegawa e os físicos Reona Esaki e Makoto Kobayashi, reuniu-se com o premiê Yukio Hatoyama e defendeu a tese de que o corte, ao enfraquecer a pesquisa, terá impacto no desenvolvimento do país. Hatoyama tentou contemporizar. “Apoio firmemente a ciência”, disse. O governo ainda avalia onde passar a tesoura.

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