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Ciência colaborativa

Unidos pelo rio Doce

Pesquisadores e outros cidadãos se uniram em resposta ao rompimento, em novembro, das barragens da mineradora Samarco em Minas Gerais. Começou no Facebook, quando o biólogo Dante Pavan gerou um movimento que originou o Grupo Independente para Avaliação do Impacto Ambiental (Giaia). Em quatro dias, o grupo obteve financiamento coletivo para a primeira fase de análise. A página do grupo na rede social orienta quem quiser coletar água do rio e enviar ao laboratório da toxicologista Vivian Santos, na Universidade de Brasília. “Além das análises sistematizadas, seguimos um modelo de ciência cidadã”, explica a bióloga Rominy Stefani, da equipe gestora do Giaia. “Temos amostras do rio antes da chegada dos rejeitos e gente em campo.” O grupo pretende divulgar em breve no site um relatório do dano ecológico causado, que vai além do curso d’água. O ornitólogo Renato Gaban Lima, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por exemplo, coletará amostras de aves locais. Nesta época, aves migratórias visitam a região para alimentar-se. Outra iniciativa vem da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que montou um grupo com uma centena de pesquisadores que vão definir ações e montar um plano de monitoramento para o baixo rio Doce e a região costeira afetada. Parte do trabalho é feita em um navio da Marinha.

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