Depois de acumular dívidas de £ 10,8 bilhões (cerca de R$ 52 bilhões), as universidades britânicas vivem a ameaça de uma crise de crédito, agravada pelas incertezas sobre a saída da União Europeia (UE), o chamado Brexit. Cinco universidades – Glasgow, Heriot-Watt, Southampton, University College London e Imperial College London – mais do que dobraram seus empréstimos contraídos em 2018 para atrair mais estudantes. Glasgow passa por uma expansão do campus orçada em £ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões), segundo reportagem publicada em 3 de janeiro no jornal The Times. Nick Hillman, diretor do Instituto de Política de Educação Superior (Hepi), organização independente que discute a educação universitária, disse que as universidades viviam uma “tempestade perfeita”, por causa da revisão que o governo pretende fazer das mensalidades e da redução da população jovem. Ele disse ao The Times que uma dúzia de instituições estarão “no limite” nos próximos anos. Em entrevista ao Irish Times em 9 de janeiro, Hillman contou que uma análise da Hepi indica que deve haver uma queda acentuada de estudantes da UE no Reino Unido após o Brexit. Em carta aberta a políticos, publicada em 4 de janeiro, representantes de 150 instituições britânicas de ensino superior pediram que o governo se comprometa a substituir as fontes de financiamento de pesquisa que se tornariam inacessíveis, caso o Reino Unido saia da UE sem acordo. Segundo a carta, “nossos 50 mil funcionários e 130 mil estudantes da UE, além dos 15 mil estudantes do Reino Unido que estudam na Europa, começaram o ano com uma incerteza significativa sobre seus futuros”.
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