No Ártico, a elevação da temperatura tem colocado em contato espécies antes distantes e aumentado o risco de infecções para os animais silvestres. Pesquisadores do Serviço Geológico, da Universidade do Estado do Colorado e do Departamento de Agricultura, dos Estados Unidos, identificaram um aumento de até quatro vezes na prevalência de anticorpos contra patógenos microbianos e virais em ursos-polares (Ursus maritimus). A conclusão se apoia na comparação entre amostras de 115 fêmeas adultas coletadas de 1987 a 1994 com as de 232 ursos adultos ou sub-adultos, coletadas de 2008 a 2018 no mar de Chukchi, entre a Rússia e o Alasca. A prevalência foi maior (67% das amostras) para o vírus da cinomose canina (CDV), causador de uma doença respiratória grave, e para o protozoário Neospora caninum (64%), que pode causar paralisia da mandíbula e flacidez muscular. Também há sinais de contato com o protozoário Toxoplasma gondii, causador de alterações neurológicas (PLOS ONE, 23 de outubro).
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