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Estratégias

Análise por pares: conceito explicitado

Os novos formulários para solicitação de bolsas e auxílios da FAPESP vão conter uma declaração para ser assinada pelos candidatos a qualquer dos dois tipos de fomento, nos seguintes termos: Declaro que tenho conhecimento da sistemática de avaliação por pares adotada pela FAPESP para a análise de solicitações neste programa. Autorizo que esta solicitação seja analisada segundo essa sistemática e, em particular, que ela seja submetida ao exame de pesquisadores escolhidos pela FAPESP, cujas identidades serão mantidas em sigilo.

A Fundação passa a adotar agora esse procedimento, dentro de uma preocupação mais ampla com a explicitação do conceito de análise por pares que vem utilizando desde o começo de sua história. O conceito, sem dúvida, era bem conhecido da comunidade científica paulista, mas não estava detalhado em qualquer texto formal ou documento da Fundação. Com o crescimento explosivo do número de solicitações encaminhadas à FAPESP nos últimos anos, o que reflete simultaneamente o crescimento do número de bolsistas e pesquisadores em São Paulo e a abertura de programas da FAPESP para novos públicos (por exemplo, empresários e professores do ensino médio e fundamental), a clara explicitação do que significa essa análise por pares tornou-se imperiosa.

Até porque, como bem observa o diretor científico da Fundação, professor José Fernando Perez, há diferentes modos de fazer análise por pares, preservando-se seu princípio básico: avaliação realizada por iguais – o que, no universo da pesquisa científica, sempre significa pesquisadores avaliando projetos de outros pesquisadores. Assim, a análise pode ser feita por meio de comitês especializados, modelo adotado, por exemplo, pelos NIH, nos Estados Unidos, e pelo CNPq, no Brasil, por uma extensa rede de assessores, como fazem a NSF, nos Estados Unidos, e a FAPESP, no Brasil, ou por outros modelos.

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