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Bioquímica

Arranha-céus para comunidades de bactérias

Imagem de microscopia de arranjo de micropilares com cianobactérias

Gabriella Bocchetti / Universidade de Cambridge

As cianobactérias, organismos microscópicos que realizam fotossíntese, gostam de morar bem. Cultivadas sob condições ideais, com abundância de luz, elas se proliferaram mais rapidamente e convertem mais energia luminosa em energia química. Nesse processo, liberam mais elétrons e geram uma corrente elétrica mais intensa. O grupo liderado pela química Jenny Zhang, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, verificou que proporcionar a esses microrganismos o tipo adequado de ambiente aumenta em mais de 10 vezes a produção de energia (Nature Materials, 7 de março). Os pesquisadores criaram uma estratégia de impressão tridimensional de eletrodos que favorece o crescimento das cianobactérias. São conjuntos de pilares de escala micrométrica aos quais elas aderem de modo a ter acesso a mais luz. “São como arranha-céus envidraçados”, disse Zhang ao site de notícias da universidade. Ao aumentar a altura desses pilares, o grupo constatou que era possível incrementar a produção de eletricidade, tornando a estratégia competitiva com outras formas de produção renovável de bioenergia.

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