Entre 2019 e 2020, o Pantanal enfrentou a pior seca registrada nos últimos 50 anos. Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) identificaram as principais causas meteorológicas do fenômeno e descreveram o seu impacto na redução dos níveis do rio Paraguai, o maior da região (Frontiers in Water, 23 de fevereiro). “A falta de chuvas durante os verões de 2019 e 2020 no Pantanal está relacionada com a redução do transporte de ar quente e úmido do verão da Amazônia para a região”, disse José Marengo, coordenador do Cemaden, à Agência FAPESP. O surgimento de uma zona de alta pressão sobre o Centro-Oeste brasileiro teria impedido a chegada de umidade vinda da Amazônia e aumentado as temperaturas do verão pantaneiro. A estiagem prolongada elevou o risco de incêndios causados por descontrole de queimadas para a abertura de pastos para a pecuária.
Republicar