Nativa da Amazônia, a tartaruga de água doce matamatá chama a atenção pela aparência. Tem cabeça achatada e triangular, pescoço largo e narinas que parecem um snorkel. Imaginava-se que houvesse uma única espécie: Chelus fimbriata, descrita em 1783. Análises de características genéticas e morfológicas e de distribuição geográfica feitas agora por pesquisadores do Brasil, Colômbia, Alemanha e Reino Unido revelaram que são ao menos duas as espécies de matamatá: C. fimbriata e C. orinocensis (Molecular Phylogenetics and Evolution, julho). Ambas se alimentam de peixes, mas são ligeiramente diferentes e habitam regiões distintas. C. fimbriata tem a carapaça escura, mais retangular e ocupa as bacias dos rios Amazonas, no Brasil, e Mahury, na Guiana Francesa. Já a espécie C. orinocensis tem o dorso amarelado e vive nas bacias dos rios Orinoco, que corta a Colômbia e a Venezuela, e do alto rio Negro, no Brasil.
O site da revista Pesquisa FAPESP traz uma versão ampliada desta reportagem
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