Um relatório divulgado em setembro pelo Observatório do Patrimônio do Cáucaso (Caucasus Heritage Watch, CHW) identificou uma tentativa consistente de apagamento da cultura armênia no Naquichevão entre 1997 e 2011. A equipe da CHW, uma iniciativa liderada por arqueólogos das universidades Cornell e Purdue, nos Estados Unidos, usou imagens aéreas feitas pelo governo norte-americano na Guerra Fria e mapas criados por topógrafos soviéticos para localizar 127 mosteiros, igrejas e cemitérios armênios no Naquichevão, uma república autônoma do Azerbaijão criada com a separação dos estados que formavam a União Soviética. Depois, compararam com imagens recentes para verificar o que havia ocorrido com esses templos e locais de significado histórico, arquitetônico e religioso para os armênios. Das 110 construções identificadas, 108 haviam sido completamente destruídas. Segundo os autores, o relatório de 430 páginas indica uma tentativa de apagamento cultural realizada com “precisão cirúrgica”. Historicamente ocupado por armênios, o Naquichevão faz fronteira com Armênia, Irã e Turquia.
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