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Brasil

Cavalo na Tailândia

Em fevereiro, os pesquisadores Jorge Tonietto e Umberto Camargo, da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves (RS), participaram na Índia de um simpósio sobre vitivinicultura tropical, campo em que o Brasil ocupa posição de destaque devido aos progressos obtidos no cultivo da uva destinada a consumo in natura e à fabricação de vinhos e sucos em zonas de clima quente. A segunda escala da viagem incluiu uma visita a vinhedos de outro país asiático, a Tailândia. Ao desembarcarem na região de Hua Hin, cerca de 200 quilômetros distante da capital Bangcoc, tiveram uma surpresa agradável: descobriram que a maior parte das videiras locais usa um porta-enxerto (ou cavalo, no jargão do produtor) desenvolvido pelo Instituto Agronômico de Campinas, o IAC 572, bastante vigoroso e resistente a doenças. “Os tailandeses o chamam simplesmente de porta-enxerto Brasil”, diz Camargo. O cavalo forma as raízes que abastecem a planta com os nutrientes do solo. Até nos exóticos vinhedos flutuantes – filas de videiras plantadas entre pequenos canais de água – está o onipresente IAC 572, que também no Brasil é o principal porta-enxerto de videira usado em áreas cálidas.

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