Apostas perigosas
Excelente a reportagem “Como joga o brasileiro” (edição 351). Porém, como um pesquisador da área de jogos (os de verdade, que a gente se diverte jogando em vez de perder a casa), quero frisar que chamar apostas de “jogos” é prejudicial para nossa área. Desde reduzir a credibilidade de um setor que envolve tanto potencial artístico e tecnológico até aumentar a associação errada entre jogos (digitais ou de tabuleiro) com “jogos” de azar, que são apostas.
Leonardo Pereira
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É importante conhecer o perfil dos jogadores. O cansaço com a situação de pobreza e a (frágil) possibilidade de ganho rápido e vultuoso são muito tentadores para quem desconhece o mecanismo criminoso dos jogos de azar.
Rosa Sebinelli
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Diversidade na universidade
É um avanço, sim, a nossa presença no ensino superior (“Via de mão dupla entre a universidade e a aldeia”, edição 351). Mas é triste também pensar que é um lugar, como qualquer outro, que deveríamos fazer parte desde o início.
Brenda Teixeira
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Computação e ambiente
Achei oportuna a reportagem “Os impactos do mundo digital no ambiente” (edição 349). No entanto, me parece que os autores do trabalho não levaram em consideração o custo ambiental das obras civis necessárias para construir os grandes centros de computação dos bancos e das big techs. Aqui em Campinas temos o centro de computação de um banco que, para sua construção, provocou um grande movimento de terra para cavar os três andares de subsolo do “bunker” dos computadores, fora a terraplanagem do terreno. São muitos tratores e caminhões trabalhando por muito tempo, com a respectiva emissão de poluentes e alteração da topografia natural do terreno.
Marco Aurelio De Paoli
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Vídeos
Legal o vídeo “O que são e como funcionam as moedas sociais”. Nunca tinha ouvido falar sobre bancos comunitários. De certa forma, promove o desenvolvimento local e social dos habitantes.
Camilly Elisa Cabral
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O problema é que as soluções propostas, como essas que o vídeo apresentou, acabam sendo para poucos lugares ou até mesmo pessoas (“Ondas de calor e frio ameaçam a saúde”). As ondas de calor não ocorrem só em “comunidades” e qualquer providência para aumentar a refrigeração ambiental não só sai caro como também é um desafio.
Raphael Rodrigues
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