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Ambiente

Corte de madeira em alta na Europa

Floresta no Algarve, Portugal: derrubada de árvores para a extração de madeira aumenta na Europa

Angelo DeVal / Alamy / Fotoarena

O crescimento da atividade madeireira na União Europeia (UE) pode impedir que a região atinja a meta de neutralizar suas emissões de carbono até 2050. Guido Ceccherini e colegas do Centro de Pesquisa Conjunta da Comissão Europeia, em Ispra, na Itália, analisaram os dados de imagens de satélite obtidas entre 2004 e 2018 de florestas europeias (Nature, 1º de julho). Entre 2004 e 2015, a atividade anual de corte de madeira se manteve estável na maioria dos 26 países da UE. Entre 2016 e 2018, porém, a área de floresta cortada e a perda de biomassa aumentaram 49% e 69%, respectivamente, em comparação com o período entre 2011 e 2015, para atender principalmente os setores de produção de papel e energia renovável. Suécia e Finlândia contribuíram com mais da metade dessa elevação. Apesar do aumento na extração de madeira, a cobertura florestal total da UE não diminuiu. O reflorestamento manteve estável em 38% a área ocupada pelas matas. As florestas europeias absorvem cerca de 10% dos gases de efeito estufa emitidos pelos países da UE para a atmosfera. Mesmo com o replantio, o aumento no corte de árvores pode reduzir a capacidade de a floresta funcionar como sorvedouro desses gases. É que a vegetação jovem desempenha essa função com menos eficiência do que a madura.

 

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