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Astrofísica

Criada a organização para construir o maior radiotelescópio do mundo

Antenas do radiotelescópio MeerKAT, na África do Sul

Mike Peel / Wikimedia Commons

Após três anos e meio de negociação, representantes de sete países reunidos em Roma assinaram em 12 de março um tratado criando a organização intergovernamental que supervisionará a construção do maior radiotelescópio do mundo, o Square Kilometre Array (SKA). Com o nome de Observatório SKA e sigla Skao, a nova entidade substitui a organização que cuidou do planejamento e das atividades anteriores ao início das obras. A Skao terá autoridade para firmar os contratos da construção do telescópio, prevista para iniciar em 2020 e durar sete anos. Austrália, China, Itália, Holanda, Portugal, África do Sul e Reino Unido firmaram o documento na capital italiana. Índia e Suécia, que participaram das negociações, ainda realizam discussões internas antes de assinar o tratado. Juntos, os nove países são considerados membros-fundadores da organização. Para tornar efetiva a criação da Skao, o tratado ainda terá de ser ratificado pelo Parlamento de cada país, o que pode levar um ano. “Lançamos as bases que permitirão tornar o SKA uma realidade”, afirmou a astrônoma francesa Catherine Cesarsky, presidente do conselho de diretores do SKA em nota à imprensa. Sediada em Manchester, Reino Unido, a rede de radiotelescópios será implantada na África do Sul e na Austrália. A fase inicial de construção deve custar US$ 760 mil e instalar 130 mil pequenas antenas em território australiano e outras 130 grandes  na África do Sul, que se somarão às 64 do telescópio MeerKAT, protótipo do SKA. Pronto, o SKA terá milhares de antenas na África e quase 1 milhão na Austrália. Permitirá estudar a evolução do Universo e buscar sinais de vida no Cosmo.

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