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Física

Físicos imobilizam partícula de vidro

Cavidade óptica usada para resfriar nanopartícula de sílica

Lorenzo Magrini e Yuriy Coroli / Universidade de Viena

É comum no estudo das propriedades fundamentais das partículas usar feixes de laser para resfriar até quase a imobilidade nuvens de átomos, os menores componentes da matéria, ou de moléculas muito simples, formadas por apenas dois átomos. Na Áustria, a equipe coordenada pelo físico Markus Aspelmeyer, da Universidade de Viena, conseguiu um feito inédito. Usando feixes de laser, o grupo resfriou a 12 milionésimos acima do zero absoluto (-273,15 graus Celsius) o primeiro objeto em estado sólido: um fragmento nanométrico de vidro (sílica) mil vezes menor do que um grão de areia (Science, 30 de janeiro). No zero absoluto, átomos e moléculas atingem o menor nível de energia possível e param de se movimentar. “Alterando as propriedades da armadilha óptica, ou mesmo desligando-a, podemos manipular o movimento das nanopartículas de maneiras completamente novas”, disse em um comunicado à imprensa o físico Nikolai Kiesel, coautor do estudo. Segundo o grupo, essa estratégia deve permitir o uso de nanopartículas em experimentos ultrassensíveis de detecção para, eventualmente, estudar a ação da gravidade na escala das partículas. “Esse é um sonho de longo prazo”, disse Aspelmeyer à revista ScienceNews.

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