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ARQUEOLOGIA

Genoma de vítima do Vesúvio sequenciado pela primeira vez

Morn the Gorn / Wikimedia Commons 

Notizie degli Scavi di AntichitàEsqueletos encontrados em 1914 na casa do artesão, em PompeiaNotizie degli Scavi di Antichità

Um grupo internacional de pesquisadores, do qual participou o brasileiro Thomaz Pinotti, doutorando na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sequenciou pela primeira vez o genoma de um dos corpos encobertos pelas cinzas do vulcão Vesúvio na cidade romana de Pompeia no ano 79 d.C. Sob coordenação do geneticista Gabriele Scorrano, da Universidade de Roma Tor Vergata, a equipe extraiu o DNA dos restos mortais de um homem e de uma mulher encontrados em 1914 no local que os arqueólogos chamam de “A casa do artesão”. A avaliação dos esqueletos indica que o homem tinha entre 35 e 40 anos de idade e a mulher 50 anos ou mais. Os pesquisadores sequenciaram o DNA das duas vítimas, mas só conseguiram extrair informações do material genético do esqueleto masculino. As análises identificaram lesões em uma de suas vértebras e sequências de DNA compatíveis com as de bactérias do gênero Mycobacterium, grupo ao qual pertence a causadora da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis). Esse resultado sugere que o homem pode ter tido a doença antes de morrer (Scientific Reports, 26 de maio). Comparações com o DNA de 1.030 indivíduos daquela época e 471 modernos da Eurásia ocidental indicam que o material genético do homem compartilhava semelhanças com o dos habitantes da região central da Roma imperial.

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