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Tecnociência

Japão busca universidades e indústria

O Ministério da Indústria e Comércio Exterior do Japão (MITI) e o Ministério da Educação, Ciência, Esporte e Cultura (Monbusho) estão estudando a criação de escritórios de relações tecnológicas que ajudem a promover a colaboração entre as universidades e a indústria. A proposta é uma das muitas recomendações com esse propósito. Os escritórios tanto poderiam atender individualmente uma universidade, como ter caráter regional, atendendo diversas universidades, segundo notícia publicada na revista Nature, edição de 13 de novembro.

Diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, segundo a nota, há, no Japão, pouca integração entre universidades e indústrias na área de Pesquisa e Desenvolvimento, especialmente quando se trata de universidades federais, devido, em grande parte, a impedimentos legais. Em razão disso, enquanto as universidades norte-americanas obtiveram, em 1994, 1.900 patentes, as universidades japonesas obtiveram, no mesmo ano, 130 patentes, segundo dados do MITI.

Por meio dos escritórios, seria dada assistência às universidades para elaboração de contratos de pesquisa em projetos conjuntos com laboratórios industriais. Além disso, as empresas seriam assessoradas a instalar seus próprios centros de pesquisa nas universidades. A proposta, que deverá ser submetida ao parlamento japonês neste mês de dezembro, pressupõe a alteração da atual legislação, que proíbe cientistas de se envolverem em pesquisas em laboratórios industriais ou em atividades lucrativas. Mas, além da legislação, a postura universitária também precisa ser modificada, segundo Susumu Nishimura, diretor de um centro de pesquisa. “Há ainda uma forte concepção de que bons pesquisadores não devem se envolver em negócios”, disse ele.

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