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Nobel 2018 | Física

Lasers mais potentes e pinças de luz

Arthur Ashkin, Gérard Mourou e Donna Strickland

Niklas Elmehed / © Nobel Media

Em física, o Nobel reconheceu o trabalho de dois pesquisadores que criaram uma forma de produzir fontes de laser mais potentes e de um terceiro, que ampliou seu uso para investigar fenômenos na escala das células e das partículas atômicas. As técnicas desenvolvidas têm também aplicações na medicina, como a realização de cirurgias e tratamentos contra o câncer. O físico francês Gérard Mourou, de 74 anos, professor da Escola Politécnica em Palaiseau, na França, e da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e a física canadense Donna Strickland, de 59 anos, professora da Universidade de Waterloo, no Canadá, compartilharam metade do valor da premiação por apresentar, nos anos 1980, uma estratégia que permitiu criar fontes de laser mais intensas e de pulsos muito mais curtos, possibilitando controlar melhor a interação da luz com a matéria para esculpir objetos com precisão ou observar fenômenos ultrarrápidos. Já o norte-americano Arthur Ashkin, de 96 anos, dos Laboratórios Bell, nos Estados Unidos, levou metade do prêmio por desenvolver a pinça óptica ou pinça de luz: um feixe muito focalizado de laser que permite aprisionar e manipular objetos microscópicos (inclusive células vivas) sem danificá-los.

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No início de outubro, a Fundação Nobel anunciou os ganhadores do prêmio de física, química, economia, medicina ou fisiologia e paz. A Real Academia Sueca de Ciências seleciona os laureados nas três primeiras categorias. O Instituto Karolinska escolhe os vencedores em Medicina ou Fisiologia e o Comitê Norueguês do Nobel, os da paz. Uma quarta instituição, a Academia Sueca, define o premiado em literatura, que, por uma crise na entidade, só será conhecido em 2019, quando deve haver dupla premiação.

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