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Brasil

O sono dos médicos

Cuidado da próxima vez que pisar em um hospital. Se puder, pergunte ao médico quantas horas ele dormiu na noite (ou dia) anterior. Um em cada dois (56,6%) dos 303 médicos entrevistados em cinco hospitais públicos do Distrito Federal (quatro em Brasília e um em Taguatinga) sofre de perturbações do sono, como insônia, apnéia e alterações neurológicas, com movimentos bruscos durante o sono – em um terço dos casos a situação é grave. A autora desse levantamento, a psiquiatra Ana Paula Megale Hecksher, da Universidade de Brasília (UnB), verificou também que a sonolência pode prejudicar a memória, alimentar a ansiedade, atrapalhar a concentração e aumentar a chance de diagnósticos equivocados. Segundo ela, os médicos têm sono porque dormem pouco. E dormem pouco porque precisam trabalhar muito, mesmo que o Distrito Federal seja uma das unidades da Federação em que os médicos da rede pública de saúde ganham melhor.

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