Os homens da esquadra de Cristóvão Colombo não foram os únicos moradores de La Isabela, a primeira cidade europeia na América, na ilha de Hispaniola, hoje República Dominicana. Com análises do esmalte de dentes de 20 esqueletos, pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, Estados Unidos, e da Universidade Autônoma de Yucatán, México, concluíram que entre os europeus havia nativos taínos, principalmente mulheres e crianças, e possivelmente três africanos – embora Colombo tivesse trazido apenas um escravo à América. Se confirmada, a descoberta poria africanos no Novo Mundo décadas antes de quando se acreditava que chegaram à América. Os isótopos de carbono são indícios da dieta de uma pessoa quando o dente se forma. Pessoas que comem milho, em comparação com as que consomem trigo ou arroz, têm perfis isotópicos diferentes. Nessa época o milho era encontrado somente no Novo Mundo e o milheto na África, mas não na Europa. Outro indício de que os esqueletos eram de pessoas de além-mar são sinais de escorbuto, doença causada por falta de vitamina C que perseguia os navegantes em suas longas viagens no século XV.
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