Quanto maior o consumo de carne vermelha, maior o risco de desenvolver diabetes tipo 2, fator de risco para doenças cardiovasculares e câncer. Pesquisadores das universidades de Harvard, nos Estados Unidos, e de Laval, no Canadá, reforçaram essa associação estudando 216.695 participantes do Nurses’ Health Study, do Nurses’ Health Study II e do Health Professionals Follow-up Study. Recrutados entre 1976 e 1989 e acompanhados até 2017, os integrantes desses estudos descreviam a cada dois anos seu estado de saúde e o consumo de alimentos e bebidas. Quase 22.800 pessoas desenvolveram diabetes tipo 2 durante o período de acompanhamento. Os que comeram mais carne vermelha apresentaram um risco 62% maior de desenvolver a doença em comparação com as que comeram menos. Comer carne vermelha processada (salsicha, cachorro-quente bovino ou suíno e bacon) ou não processada (hambúrguer magro ou normal, carne bovina, suína ou de cordeiro como sanduíche ou prato principal) foi associado a um risco 51% e 40% maior de diabetes tipo 2. O estudo não prova que comer carne vermelha causa diabetes tipo 2, mas já se sabe que a gordura saturada, abundante em carnes vermelhas, reduz a sensibilidade à insulina e o funcionamento das células beta do pâncreas, que produzem insulina, responsável pelo controle da glicose no sangue. Trocar uma porção de carne por nozes ou legumes reduziu em 30% o risco de desenvolver diabetes tipo 2, enquanto a opção por laticínios diminuiu as chances em 22% (CNN e American Journal of Clinical Nutrition, 19 de outubro).
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