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raios solares

Se for ao Atacama, proteja-se do sol

Vale da Lua, no Chile, uma das regiões com níveis de radiação UV mais elevados no mundo

Ricardo Zorzetto

Espremido entre os Andes e o Pacífico, no norte do Chile, o deserto do Atacama se prolonga por quase mil quilômetros em direção ao sul. É a região do planeta com os níveis mais elevados de radiação ultravioleta (UV), segundo estudo coordenado pelo físico Raul Cordero, da Universidade de Santiago (Antonie van Leeuwenhoek, agosto). Quase 9% da energia emitida pelo Sol chega à Terra como radiação UV, invisível aos olhos humanos. Cordero e colaboradores produziram um mapa da incidência de radiação UV sobre o deserto analisando parâmetros como a posição do Sol no céu, a espessura da camada de ozônio, a concentração de aerossóis na atmosfera, as condições climáticas locais e a refletividade do solo para todas as condições do céu do Atacama. No verão do hemisfério Sul, os valores de radiação UV em certas regiões do deserto atingiram mais que o dobro dos níveis considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde. A radiação UV abrange três faixas de energia: A, B e C. A UVA auxilia na síntese de vitamina D e, em excesso, causa o envelhecimento da pele. Já a UVB, que penetra mais profundamente, aumenta o risco de câncer. A atmosfera bloqueia a UVC, que quase não chega à superfície terrestre. No Atacama, os níveis de UVB podem ser até 60% superiores aos do norte da África, outra região de alta incidência de UV.

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