Dados obtidos com o telescópio espacial Hubble sugerem que um exoplaneta ganhou uma nova atmosfera após perder a original. Para explicar a composição de sua segunda atmosfera, o grupo de Mark Swain, da Nasa, realizou simulações computacionais da evolução do exoplaneta, o GJ 1132b. Distante 41 anos-luz do Sistema Solar, o GJ 1132b é um planeta rochoso, com idade, densidade e tamanho parecidos com os da Terra, mas está mais próximo de sua estrela do que a Terra do Sol. O estudo, do qual participaram a física brasileira Raissa Estrela e a astrofísica Adriana Valio, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, sugere que o GJ 1132b teria nascido como um gigante gasoso, um pouco menor do que Netuno, coberto por uma densa atmosfera de hidrogênio e hélio (Astronomical Journal, no prelo). “Nossos cálculos estimaram que, além da alta irradiação, o vento estelar teria varrido a atmosfera primordial do planeta”, explica Valio, que orientou o doutorado de Estrela. Segundo Estrela, os gases liberados pela atividade vulcânica na superfície rochosa do GJ 1132b teriam regenerado sua atmosfera.
Republicar