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Roma Antiga

Guerra química

REPRODUÇÃO DO LIVRO THE BRITISH MUSEUM, A-Z COMPANIONGuardas persas: imagem em relevo do século V ou VI a.CREPRODUÇÃO DO LIVRO THE BRITISH MUSEUM, A-Z COMPANION

O arqueólogo Simon James, da Universidade de Leicester, na Inglaterra, apresentou, durante um seminário internacional em janeiro, evidências do que teria sido a primeira guerra química da história – e razão da misteriosa morte de quase 20 soldados da Roma Antiga. Em escavações recentes na cidade de Dura-Europos, na atual Síria, James identificou betume e cristais de enxofre próximos ao túnel em que os restos mortais dos soldados romanos foram achados, nas décadas de 1920 e 1930, empilhados e ainda com suas armas. Para o arqueólogo inglês, os romanos morreram asfixiados por gases tóxicos liberados pelo betume e pelo enxofre queimados pelos persas do Império Sassânida, que por volta do ano 256 iniciaram uma feroz batalha para retomar a cidade dos romanos. Os sassânidas teriam instalado braseiros e foles sob a galeria e, quando os soldados avançaram, acrescentado os compostos químicos. “Os romanos ficaram inconscientes em segundos e morreram em minutos”, disse. Aparentemente não foi com gases tóxicos e túneis que os persas venceram os romanos. A cidade só foi retomada pelos persas tempos mais tarde, de modo ainda desconhecido, e depois abandonada.

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