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Arte e cinema

Historiador Jorge Coli ganha Prêmio Almirante Álvaro Alberto

Maior honraria brasileira em ciência e tecnologia destacou este ano as ciências humanas sociais, letras e artes

Damião Francisco / CPFL Cultura Jorge Coli durante programa “Café Filosófico” em 2009Damião Francisco / CPFL Cultura

Jorge Sidney Coli Junior, professor titular em História da Arte e História da Cultura da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é o vencedor do Prêmio Almirante Álvaro Alberto de 2018. A honraria concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com a Fundação Conrado Wessel e a Marinha do Brasil, é considerada a maior do país em ciência e tecnologia e este ano destacou a categoria “Ciências Humanas Sociais, Letras e Artes”.

Coli nasceu em 1947 em Amparo, interior paulista. Em 1970 interrompeu a graduação em filosofia na Universidade de São Paulo (USP), quando o afastamento de docentes pela ditadura militar desestruturou o curso, e mudou-se para a França. Na Universidade de Provença (Aix-Marseille I), formou-se em história da arte e arqueologia. Fez mestrado na mesma instituição, em história da arte. De volta ao Departamento de Filosofia da USP, em 1990 obteve o doutoramento com uma tese sobre o mundo musical de Mario de Andrade. Entre 2006 e 2009 foi Coordenador de Área em Ciências Humanas e Sociais na FAPESP. De 2013 a 2017 foi diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, onde criou o Centro de Estudos em História da Arte e Arqueologia, incluindo uma revista homônima e um programa de pós-graduação em história da arte.

Atualmente orienta pesquisas em história da arte, como os doutorados financiados pela FAPESP sobre as influências europeias do artista brasileiro Belmiro de Almeida no final do século XIX e sobre retratos feitos pelo pintor francês Jean-Marc Nattier no final do século XVIII, atualmente na coleção do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Outro trabalho analisa as relações entre cinema e história da arte na produção italiana de filmes de horror entre 1970 e 1990.

Fora do âmbito acadêmico foi Secretário da Cultura de Campinas, São Paulo, em 2001, durante a gestão de Antonio da Costa Santos. É colunista do jornal Folha de S. Paulo e foi colaborador do jornal francês Le Monde. Escreveu uma série de livros, entre eles Música Final, publicado em 1998 pela editora Unicamp, L’Atelier de Courbet, de 2007 pela editora Hazan (Paris) e O corpo da liberdade, publicado em 2010 pela CosacNaify e traduzido para o francês cinco anos depois.

A cerimônia de premiação acontecerá no dia 9 de maio no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro.

Com informações da Coordenação de Comunicação Social do CNPq

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